O patinho feio ganha motor flex
O Mercedes-Benz Classe A é o último modelo da marca a receber um motor bicombustível. A versão 1.6 também ganhou Dynamic Select e ficou mais esportiva.
Calma! O Mercedes Classe A 200 não tem nada de feio muito pelo contrário: é um dos hatches mais bonitos do mercado.
Mas, assim como o patinho feio da história era um lindo cisne deslocado, parece que o Classe A 200 nunca mais será prioridade para a Mercedes-Benz no Brasil. Isso vem desde a malfadada existência da primeira geração, que foi produzida em Juiz de Fora (MG) e deu enorme prejuízo. Mas isso é só neste país tropical, pois na Europa o CLasse A é o segundo carro mais vendido da Mercedes ( 123.000 unidades/ano ), perdendo apenas para o Classe C ( 173.000 unidades/ano ). Só o esigma de patinho feio explica o pouco caso para com o Classe A.
Preço do Mercedes-benz Classe A 200
O A 200 FF ( de Flex Fuel ) custa R$ 139.900. Além do motor de 156 cv ( o mesmo que equipa outros cinco modelos ), o CLasse A ganhou o sistema Dynamic Select, que o tornou bem mais esportivo. Com um simples toque no botão, o motorista pode escolher entre os modos Eco, Comfort, Sport e Individual. O sistema é tão simples de usar que um desavidado fica perguntando se é só isso mesmo, pois imediatamente a tela central de 7″ mostra o set-up escolhido. Esse Dynamic Select acrescentou muito ao já existente botão de ajuste do câmbio ( ele agora altera volante, motor e ae ). Outra novidade é a conexão via Apple CarPlay, um mimo para quem tem iPhone.
Mas é difícil entender os motivos que levam alguém a comprar um Classe A. Dentro da própria marca, as outras opções com o mesmo motor flex parecem ser bem atraentes. Por R$ 1.000 a mais, leva-se um Classe B 200. com R$ 7.000, coloca-se na garagem um crossover GLA 200. Com R$ 9.000 chega-se num sedã Classe C 180. E com R$ 14.000 extras compra-se um cupê 4 portas CLA 200. Talvez por causa desse posicionamento de preço, o Classe A tenha vendidos só 146 unidades este ano ( um terço do que conseguiu no mesmo período do ano passado.
A potência e o consumo do Classe A 200
O A 200 FF tem uma aceleração muito boa: leva apenas 7,8 segundos para chegar a 100km/h. A posição de dirigir agrada bastante e o espaço traseiro não é ruim. O câmbio sequencial DCT-7 é excelente e agrada bastante nas trocas manuais pelas borboletas quando está no modo Sport. As trocas automáticas, entretanto, são mais bem aproveitadas quando o carro está no modo Comfort ( aliás, a ideal para rodar na cidade). Para quem se empolgou com a opção de usar etanol, ele faz 7,2km/l na cidade e só 8,8km/l na estrada. Se não fosse por seu preço, o Classe A teria vendas bem mais expressivas.
Produzido em Rastatt, na Alemanha, o Mercedes Classe A atende um público de alto poder aquisitivo que gosta de esportividade, mas provavelmente é solteiro e meio quarentão. Mulheres, com certeza, preferem o GLA. Jovens curtem mais o CLA. Famílias vão optar pelas classes B ou C. Resta o patinho feio da Mercedes a pequena glória de derrotar o Audi A3 ( 1.4 de 122 cv por R$ 120.990 ou 1.8 de 180cv por R$ 152.990 ), que emplacou só 109 unidades de janeiro a maio e nem sequer tem motor flex. Ah, tem ainda o BMW Série 1, que já usa motor 2.0 flex ( de 184 ou 218cv ), mas parece morto – vendeu um único exemplar este ano! No meio deles, a Mercedes oferece o A 250 ( a gasolina ), de 211 cv, por R$ 194.900.
Ficha técnica Classe A 200 FF
Motor: 4 cilindros em linha 1.6, 16v turbo, injeção direta, start-stop
Cilindrada: 1595 cm³
Combustível: flex
Potência: 156cv a 5.300 rpm(g/e)
Torque:25,5 kgfm de 1.250 a 4.000 rpm
Câmbio: automático sequencial, sete marchas
Direção: elétrica
Suspensões: McPherson (d) e multi-link (t)
Freios: discos ventilados (d/t)
Tração: dianteira
Pneus: 225/45 R17